Ouros de Eldorado

A Pinacoteca apresenta, pela primeira vez no Brasil, a exposição Ouros de Eldorado: Arte Pré-Hispânica da Colômbia. São 250 artefatos com um acervo considerado um dos mais importantes do mundo e pertencem ao Museo del Oro da Colômbia.
As peças são de 500 a.C. a 1.500 d.C, época em que os povos da região da atual Colômbia haviam alcançado grande desenvolvimento político, social e religioso.

Um pouquinho de história..........Esse povo dourado usava várias técnicas para moldar o ouro,  e estas serão mostradas em vídeo durante a exposição. Gostavam de explorar a figura humana, os animais, as formas geométricas ou uma combinação de ambos.  A maior parte dos artefatos possuia um caráter religioso ou simbólico, não eram usados por vaidade.

Uma das áreas da exposição, batizada de Gente Dourada, faz referência ao termo “El Dorado”, criado pelos conquistadores espanhóis ao se depararem com rituais onde o chefe indígena, coberto por ouro em pó, lançava objetos preciosos ao fundo de uma lagoa como oferenda às divindades. O termo gerou o mito de uma suposta “cidade de ouro” que deu origem a várias produções cinematográficas de Hollywood.
Peitoral em forma de coração feito de ouro martelado e repuxado, proveniente do Vale de Calima
 A tumbaga, uma mistura de ouro e cobre, foi a liga mais usada entre os ourives pré-hispânicos do território colombiano. Unindo o ouro com diferentes porções de cobre, os ourives produziram diversos tons de dourado, inclusive tons avermelhados. Para fazerem lâminas de ouro, golpeavam ligas do metal com martelos de várias formas e tamanhos. Ao ser martelado, o material se tornava quebradiço, então o ourives tinha que aquecer o metal e depois esfriá-lo em água. Este processo, que se repetia muitas vezes, permitia continuar martelando até se chegar à espessura e tamanho desejados. As lâminas eram então recortadas com cinzeles de pedra ou metal.
Os ourives da antiga Colômbia também faziam moldes de cera, usando cera de abelha, para moldar figuras humanas e animais. Faziam pequenas esculturas com a cera e depois envolviam essa figura com argila, que depois de seca era aquecida, A cera derretia e o resultado era um molde oco que seria preenchido com  o ouro fundido. Após o resfriamento ado metal, a argila era quebrada e o artefato finalmente estava pronto. Essas técnicas ainda são utilizadas, é claro que, com a ajuda de processos e materias mais avançados.
Pinacoteca do Estado – Praça da Luz, nº 2  – tel. (11) 3324-1000
De terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia). Grátis aos sábados.
Exposição aberta até 22 de agosto de 2010.

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